Total de visualizações de página

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Então, chegou o Natal!

O ano está terminando e muitos já estão “respirando o clima de Natal”. O mercado das compras está aquecido... A meu ver, o Natal tem sido apenas mais uma data comercial, o real sentido dele fica esquecido, ou ao menos, em segundo, terceiro, quarto.....plano!

Biblicamente falando, sabemos que Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro, no entanto, é bom lembrar que Ele nasceu, que um dia se fez carne porque nos amou. Ao meditarmos na descrição do Evangelho de Lucas certamente lindas lições e reflexões poderemos obter.

Lucas 2:7 diz que “e ela deu a luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria”.

É surpreendente parar e imaginar que NÃO HAVIA LUGAR para eles na hospedaria. Estamos falando de um projeto de Deus, uma missão de Deus, algo gerado pelo Senhor, mas que não encontrou lugar no hotel, onde havia a “estrutura ideal” (será?). No entanto, uma estrebaria simples e humilde se abriu, o lugar mais imaginável e certamente indesejável para dar a luz a um filho, sem a estrutura apropriada, mas que foi palco do grande plano celestial.

Talvez, a hospedaria, o hotel, cheio de camas arrumadas, luxo, banheiro e “geladeira” no quarto, não esperava que os hóspedes batessem na porta tão tarde naquela noite. Pode ser também que se tratava de uma hospedaria do tipo que não aceita o barulho das crianças, ou um certo “tipo de gente” vinda de Nazaré. Trazendo esse contexto para os nossos dias, não precisamos ir tão longe para observarmos que em alguns momentos nós temos tanta estrutura, mas não damos lugar aos propósitos de Deus porque Ele vem de modo inesperado, e não Se ajusta as formas e projetos humanos. Outras vezes já nos abarrotamos de outros tantos projetos, e não damos lugar quando Deus bate a nossa porta.

Pode ser que ainda hoje Deus continue encontrando lugar na “estrebaria” e não na “hospedaria”. E se você pensa que é alguém sem condições de receber e participar em algo que Deus está fazendo na Terra hoje, talvez você seja o “lugar” escolhido, por simplesmente se abrir e deixá-Lo entrar. Afinal, Deus escolheu as coisas que não são para confundir as que são, não é mesmo? Ele as reduz a nada e é glorificado! Regozije-se em simplesmente ser uma estrebaria!

Observando o capítulo anterior, Lucas 1, lemos sobre a visita do anjo Gabriel à jovem Maria. É impressionante e tremendo o diálogo entre eles, mais impressionante ainda é a resposta que Maria deu ao chamado celestial.

Lucas 1:38 “Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a Tua palavra. E o anjo se ausentou dela”.

Fico imaginando como seria se a resposta de Maria tivesse sido diferente. Será que outras jovenzinhas foram ou teriam sido procuradas? Mas ela aceitou o chamado divino. Gabriel pôde voltar para Deus e dizer a Ele que havia encontrado lugar para o Seu filho vir ao mundo!

Maria se sujeitou á vontade de Deus (ah! Como precisamos nos sujeitar a essa vontade a cada dia, traz vida sobre nós), ainda que houvesse um preço a pagar. Sabemos que as condições de uma mulher grávida não casada naquele tempo eram terríveis. E para gerar vida o corpo da mulher passa por muitas mudanças, ajustes, peso, pressão, e afinal, dores. Ela se dispôs e creu que o impossível aconteceria, segundo a palavra que lhe havia sido dita. Maria deu lugar a Deus em sua vida, e literalmente gerou o propósito de Deus em seu ventre, ainda que isso pudesse lhe custar tudo.

Como ela fez um dia, também podemos escolher se vamos dar lugar a Deus em nossas vidas, em nossas estruturas, ainda que isso signifique uma visita inesperada do céu que bata a nossa porta no meio da noite, bagunçando nossa calmaria e tranquilidade. Um projeto divino que custe nosso conforto, segurança, e que mude nosso plano de vida completamente. Pode ser que signifique arriscar nossa reputação, amizades e planos de segurança. Podemos escolher ser uma simples estrebaria, uma (um) jovenzinha (o) totalmente dependente do sobrenatural, mas que dá lugar ao plano de Deus.

Se dermos lugar a Deus corremos sérios riscos (pelo menos no quis diz respeito as coisas dessa terra), mas participaremos do céu aqui na Terra. Que privilégio! E poderemos cantar como cantou Maria: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas”. Lc 2: 46-48.


A glória será totalmente dada ao Senhor, pois em nós mesmos não serão encontradas condições naturais que expliquem o cumprimento do projeto divino, senão tão somente uma total dependência e disponibilidade.

QUE DEUS ENCONTRE LUGAR EM NÓS!


Um final de ano abençoado e 2011 de projetos divinos para todos nós! (ainda que nos custe!)
 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quando sou fraco, Ele me faz forte!!




Esse mundo é realmente um caos, as pessoas se perdem dentro de seu egoismo e desculpas infundadas. A nova "onda" é ser o melhor, o mais visto, o mais querido, o mais aplaudido, respeitado, o centro de tudo e todos.

Engraçado que tais atitudes e anseios revelam o oposto trazido e pregado por Jesus. Sou apaixonada e fascinada pela Bíblia, pelo ministério de Jesus, que foi tão simples e na mesma proporção impactante e confrontador. Certa vez, diante de uma multidão, de uma sociedade onde o dinheiro comandava, onde o poder político comandava, onde os homens buscavam ser os "tais", Cristo surpreende declarando: FELIZES SÃO OS FRACOS!.

Mas como assim? (a multidão certamente sentiu-se confusa naquele momento). Como alguém fraco pode ser considerado bem aventurado, feliz, felicíssimo? Tais palavras de Jesus soaram estranho naqueles dias e muito mais hoje em nossa sociedade ,uma vez que Jesus disse que felizes não são os fortes, mas os fracos"Bem aventurados - felizes- os humildes de espírito".

Os humildes de espírito são aqueles indivíduos que olham para si mesmos e se reconhecem fracos, frágeis, limitados, tantas vezes cansados e esgotados diante das pressões do dia-a-dia, diante da loucura desses dias "maus". Os fracos, por vezes, sentem-se sem forças para continuar lutando contra as setas que assolam ao meio-dia e também contra os demônios que atuam nas sombras da noite. São batalhas e mais batalhas que são travadas diariamente no exterior, em seu cotidiano, assim como nos castelos interiores da alma, nos recônditos de seu coração.

Quem aqui em algum momento não desejou mudar o mundo? Quem aqui nunca sonhou e disse para si mesmo: "Eu vou fazer e acontecer?". Pois é, mas em alguns momentos,aquele ímpeto, muitas vezes corajoso e arrogante do primeiro Moisés - eu vou tirar o povo do Egito com a  força do meu braço, eu vou fazer e acontecer- deu lugar à fragilidade do segundo Moisés que depois de uma longa jornada de 40 anos no deserto (e não precisa ser tão longa assim), diante da sarça ardente confessou: "eu não sei falar Senhor", ou, em outras palavras: "na verdade, eu não sei para onde ir e nem por onde começar" (ah! como esse momento é difícil Deus!!)

No humilde de espírito, a força deu lugar à fraqueza e abriu espaço para que o poder de Deus se aperfeiçoasse, como o próprio apóstolo Paulo afirmou: “O poder se aperfeiçoa na fraqueza.” Os argumentos cessaram, as palavras sumiram, os recursos acabaram, os exercícios espirituais se mostraram limitados e o indivíduo se encontra sozinho, no deserto da existência humana, desnudo diante do seu Deus e, talvez, pela primeira vez na vida, reconhecendo as próprias limitações.

O coração pródigo, que um dia gastou todos os seus bens, palavras e sonhos em uma terra distante, e que agora se encontra fragilizado, rodeado de angústias, perplexo diante das tantas perguntas sem respostas e ansioso quanto ao dia de amanhã, sabe que não tem mais nada a oferecer a ninguém. Mas a boa notícia é que nesse momento de solidão, desespero, angustia e questionamento, podemos nos deparar com a maravilhosa graça de Deus, graça que pode nos fazer ir além, que nos ensina que para proseguirmos não se faz necessária a força do nosso braço, antes, o quebrantar de nossos corações diante Daquele ao qual nada fica oculto!

Para os que não sabem, Graça é favor, nunca retribuição; é imerecida, nunca conquistada; é estendida aos que perderam, nunca aos que se acham vencedores; é revelada aos fracos, mas permanece oculta àqueles que se acham fortes; é presente de Deus, jamais uma realização da força humana. Os fortes nunca a encontram, mas, segundo Jesus, os fracos são bem-aventurados, pois deles é o Reino dos Céus.

Diante disso, prossigamos, confiantes nessa graça que não compreendemos mas que entendemos o quanto dela necessitamos.


Que a força de Jesus nos preencha em nossa fraqueza.


Vanessa Ramos