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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fora da caixa!

Às vezes, as práticas institucionalizadas da igreja me cansam. A falta de sinceridade e unção nos púlpitos me cansa. O culto feito para homens, para suprir a necessidade e vontade de homens, a vontade dos ministros, dos artistas do púlpito me cansam, me frustram, fazem minha alma gritar.

Então, penso: Eu quero amar meu Senhor fora da caixinha!!!


Fora da caixinha teórica (é muita letra e pouco Espírito, pouca vida). Fora da caixinha instituição. Fora da caixinha de achismos, quilômetros fora da caixinha legalista.

Se as pessoas instituíram o domingo para se arrepender eu quero começar esse processo na sexta e na segunda conseguir tirar meu extrato do banco e agradecer, sincera, por não ser escrava do dinheiro, por não tentar viver de aparências, por não querer ser o que definitivamente não sou, por não querer comprar o que o meu dinheiro não pode e por não ter “torrado” o meu dinheiro no que não é pão...

Ainda na quarta-feira acordarei com o frescor da misericórdia pulsando no céu da boca. E no sábado, na esquina da frustração, nos momentos de confusão vou dar meia volta, pular o meio fio e cair de joelhos na frente de um trono onde eu encontro bálsamo, abraço, direção e graça, em tempo oportuno… seja esse tempo outono, verão, segunda ou sábado.

Se todo mundo faz questão de se auto promover, e divulgar suas boas obras e feitos para receber a recompensa terrena da admiração e reconhecimento dos homens, eu quero fazer escondida, pra só Deus ver. Pra então só Ele me recompensar, do jeito dEle, quando Ele quiser. Porque bons amigos mantêm segredos.

Eu quero viver o amor  e a essência de Jesus fora da caixinha.

Se todos, ou pelo menos a maioria ainda encara os cultos na igreja como um ritual, ou pior que isso, como um encontro social, eu quero andar como quem sabe que o véu foi rasgado, que o caminho foi preparado e ir adorar a Deus com o meu melhor sorriso, minha mais pura sinceridade, celebrar a salvação, encher a boca do pão da Palavra e confessar de boca cheia e com o coração contrito que não tenho feito o suficiente para que meus irmãos não morram tanto de desnutrição... E a pior desnutrição é a falta de amor!

Hoje, quero ser melhor do que fui ontem, melhor para Deus e não melhor que meu irmão. Quero deixar o Espírito Santo me tornar sensível, que Ele abra meus olhos a ponto de me fazer enxergar a necessidade do meu próximo, e ajudá-lo ainda que ele não seja meu amigo íntimo.

Quando eu sentir vontade de chorar, além de deixar as lágrimas saírem sem culpa ou vergonha, também o farei com minhas palavras ou até com o meu silêncio, sabendo que o meu Deus me entende, porque em Jesus Ele não veio ser crente. Veio ser humano.

A inspiração do Espírito vai tocar os meus cabelos junto com o vento, na fila do supermercado, da farmácia, do açougue (porque não?). Eu vou pegar uma caneta na bolsa e, mesmo sem entender tudo, vou anotar as palavras até então desconexas, no meu “post it”. Junto com o troco vou sentir vontade de entregar pra atendente do caixa a minha anotação no papelzinho amarelo. Quando eu puxar o papel e ele se soltar da espiral, uma mágoa também vai se desprender de uma vez do coração da moça e naquela noite ela vai dormir sabendo que Jesus, criativo que só, ainda quer usar os tijolos pesados do seu passado, como degrau pra ela chegar mais rápido perto dEle. Afinal, não é isso que tão insistentemente cantamos em nossos cultos: “Usa-me, em qualquer hora e em qualquer lugar?”.

No fim do dia, vou respirar fundo debaixo do chuveiro e sorrir. Vou sentir cada bolha do meu pé cansado e dar uma gargalhada leve com inocência de criança. Serei grata pela vida, serei grata pela oportunidade de recomeçar. Vou deixar a água escorrer e ver a condenação indo pelo ralo e nos meus pulmões permitirei que a alegria entre. Aquela que começa a nascer devagarzinho e cresce como um tornado. Aquela que só acontece quando consideramos a suficiência de Cristo.

Eu escolho todos os dias amar a Deus fora da caixinha e caminho como quem acredita que Ele jamais, JAMAIS caberia ou se manifestaria de verdade dentro de caixas com dimensões programadas por alguém falível, pecador e pequeno como eu. Ele é grande demais, poderoso demais, gracioso demais para se enquadrar no que penso ou acho. Ele está além das minhas convicções e visão. Eu quero amar a Deus, como Ele verdadeiramente é!

“Deus purificará a nossa consciência de obras mortas, pra servirmos ao Deus vivo!” Hb 9:14b

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O desejo pelo Poder...

Poder... Uma palavra tão presente em nossos dias, algo tão almejado pelos homens. É fato, o ser humano em meio aos seus sonhos megalomaníacos é viciado em poder. Exercer domínio sobre outras pessoas parece muito sedutor e por causa da sensação de domínio e poder o ser humano passa por cima do que for preciso, quebra princípios, mente, humilha, manipula, oprime, usa.

Deus é realmente perfeito e na Bíblia não nos deixa nada oculto. Nela também temos vários exemplos de homens e mulheres que foram além do que lhes era permitido e tudo isso para adquirir poder. Adão e Eva, por exemplo, foram iludidos pela serpente e comeram do fruto que lhes tinha sido proibido, e tudo isso porque desejavam ser iguais a Deus (Gênesis3). Davi tomou para si a mulher de Urias e o matou isso tudo porque por um instante pensou que a monarquia lhe daria esse direito (2 Samuel 11). No novo testamento, temos Simão, o mago que ofereceu dinheiro aos discípulos para que lhe dessem o poder do Espírito Santo e dessa forma pudesse continuar a impressionar e enganar o povo (Atos 8:9-24). Poderíamos falar de Judas, que por 30 moedas traiu nosso Senhor Jesus. Nisso percebemos que os que buscam o poder, que buscam as coisas desse mundo abrem mão de pessoas, princípios e valores inegociáveis por simples migalhas que lhes são oferecidas, mas que aos seus olhos surgem com aparência de banquete, afinal, o que são 30 moedas de prata comparadas ao privilégio de estar com o Senhor, andar com o Senhor?

Na realidade, a busca desesperada e inconseqüente pelo poder parece cegar o homem. A sociedade nos mostra diariamente relatos de alguns que se tornaram verdadeiros monstros egoístas ao serem absorvidos pela fama e pelo dinheiro. Alguns se esquecem do significado da palavra humanidade quando possuem uma condição financeira melhor do que maior parte dos que o cercam.

O mais triste é constatar que essa busca desenfreada pelo poder não acontece somente no mundo, ao contrário, está muito viva dentro de nossas igrejas, infelizmente. Alguns pensam erroneamente que por estarem envolvidos nesse ou naquele ministério se tornam superiores aos outros. O status e projeção resultantes de um ministério podem contribuir para que se perca a visão de um verdadeiro chamado e serviço. Não são raras as vezes que se pode contemplar liderados subjugados pelas decisões e imposições de suas lideranças.

Nesse sentido, é bom que lembremos que o Senhor nos chamou para sermos filhos de Deus  (João 1;12); ovelhas do Pastor amado (João 10:14); membros do corpo onde Cristo Jesus é o cabeça (Efésios 4:15,16); servos que imitam seu Senhor (João 13:15-17); aqueles que levam as boas novas do reino de Deus a toda criatura (Marcos 16:15; Mateus 28:19,20); aqueles que servem e amam (Gálatas 5:13,14).

É verdade que não podemos generalizar, ainda existem líderes, homens e mulheres que são servos fieis e verdadeiros do Senhor, mas ainda assim, o Senhor Jesus é o nosso maior exemplo ministerial. As pessoas não eram manipuladas para se achegarem a Jesus, pelo contrário, eram livres para se aproximarem dele. Através dele se manifestava verdadeiramente o poder de Deus!

O amor e a simplicidade de Jesus e do seu ministério nos constrangem e nos desafiam. Perto dele todos os nossos aparatos religiosos se tornam vazios, sem razão. Sobre Jesus Isaías disse no cap. 42: 1- 4 ” Eis meu servo a quem sustenho, o meu escolhido em quem tenho prazer. Porei nele meu Espírito, e ele trará justiça as nações. Não gritará, nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça”.

Jesus definitivamente não foi uma figura sensacionalista como outros líderes e governantes na história mundial. Não usou de uma autoridade exacerbada que oprime como os grandes ditadores. Ele não manipulava as pessoas, não manipulava a ingenuidade e fé das pessoas, não usou de artifícios estrondosos para atrair as multidões. No entanto, ele foi e continua sendo a pessoa mais influente e fascinante que já pisou sobre a terra. Diante das artimanhas do diabo que lhe ofereceu uma fama passageira caso concordasse em pular do alto do templo e ser guardado pelos anjos, ele não cedeu.

Jesus também não fez negocio com os poderosos de sua época. Não foi político e nem se envolveu com a corrupção e deslealdade que imperavam em Israel naqueles dias. Não quis ser um rei político como o povo desejava. Diante da possibilidade de receber a glória dos homens ele não se impressionou e não se exaltou, mas como diz Filipenses 2: 6- 8 “embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz!”
O Senhor Jesus respeitou a medida de fé que cada um era capaz de ter e não se impôs diante da fragilidade dos que dele se aproximavam. Preferiu dar dignidade as pessoas a sua volta do que seguir as leis dos homens. Ofereceu sua maravilhosa graça aos desprezados e marginalizados, tocou e curou os que ninguém tocaria, se importou com aqueles que a sociedade julgava não ter valor algum, mas também alcançou os abastados e bem posicionados naquela época.

Diante de uma sociedade dividida por classes, facções, onde quanto mais se tem mais valor possui, nosso mestre nos convida a fazer parte de um reino onde nos relacionamos igualmente com Deus como nosso Pai. Sem elites. Sem filhos prediletos. Sem a culpa que assombra os que não têm uma identidade. Podemos todos nos achegar a Ele pelo novo e vivo caminho. Sem subjugarmos, mas amando e servindo uns aos outros. Ele nos chamou, não para mais um clube social ou instituição humana, mas pra fazer parte do seu corpo, sua igreja, sua noiva. Ele se deu por nós “sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5: 8), e pela cruz, colocou a todos nós os que cremos nele, no mesmo patamar: somos chamados filhos de Deus.

E quanto ao poder que Ele nos deu, esse é diferenciado, porque faz o oposto do outro anteriormente relatado. O poder que Jesus nos concede é sobre os espírito imundos, para os expulsar e para curar toda a enfermidade e todo o mal (Mateus 10:1). O poder de Jesus em nós liberta-nos ao ponto de libertarmos outras vidas do julgo do diabo.

Portanto, querido irmão, busque o poder que vem do alto. Busque o poder do espírito e não se vislumbre com o que Deus pode fazer através da sua vida, afinal, tudo é feito para a glória Dele, mesmo! Sem demagogias ou hipocrisias, é tudo por ele e para ele sempre!

Até a próxima

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Acordei...



Acordei diferente hoje, com um grito engasgado, com um coração ardendo por Deus, por sua presença, ansiando estar mais próxima a Ele, conhecê-lo mais, infinitamente mais!

Acordei com fome pela Palavra, desejando-a mais do que o melhor prato ou especiaria existente nessa terra...

Acordei sem entender o grande amor de Jesus pela humanidade, por mim. Diante disso agradeci, pois Ele me amou apesar de mim mesma, apesar do meu duro coração...

Acordei refletindo no que eu seria sem Jesus e cheguei a conclusão que não seria, afinal, todas as coisas foram feitas para Ele, por meio d’Ele...

Acordei com o coração transbordando de gratidão porque o Senhor tem me dado muito mais do que eu mereço, Ele tem sido o “tudo” em todo o tempo e isso é maravilhoso...

Acordei e lembrei que mesmo quando tudo e todos desapareceram o meu Senhor esteve ao meu lado, nos momentos de densas trevas lá Ele estava me fazendo lembrar que em breve o sol voltaria a brilhar...

Nessa manhã, acordei e lembrei que quando ninguém mais parecia se importar, quando o mundo fechava os olhos para meus sofrimentos, decepções e dores, meu Senhor Jesus me alcançou com seu olhar de graça e misericórdia, me entendeu, me amou, me perdoou, me restaurou, me aliviou...

Acordei, despertei, levantei com vontade de fazer conforme um hino antigo diz: “Eu bradarei dos altos montes Deus, que te amo!!”. Ah! Como eu amo meu Senhor, como eu amo estar na Sua presença, ouvir sua inconfundível voz...

Já que não posso subir em algum monte físico, decidi subir nos montes do meu coração e declarar: Eu te amo Deus! Eu te amo Deus! Eu te amo Deus!

Bom é saber que o Senhor nos desperta, nos faz acordar, nos levanta dos mortos. Maravilhoso é saber que o Espírito Santo nos alcança, nos traz a memória que não existe lugar melhor para estar do que aos pés do Senhor. Esse é o lugar mais alto, mais nobre, mais firme para estarmos e fazermos morada...

Já dizia o salmista:
“Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar”. Salmos 17:15

Que ao acordar, teu coração também se encha de alegria e gratidão porque Deus não nos abandonou as nossas iniqüidades, mas tem nos alcançado dia após dia.

Que Ele, o Senhor digno de ser amado com tudo o que temos, ou não, te desperte nesse dia para adorá-lo, para refletir no que o Senhor Jesus significa para você.

Um abraço

No amor Dele

Nessa