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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

O olhar que mudou a vida de um homem!

“E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás, três vezes. E, saindo Pedro, para fora, chorou amargamente”.  (Lucas 22: 60-62).



Quem de nós nunca leu esse texto e se viu a questionar: “Como Pedro conseguiu negar o mestre daquela forma? Como pôde após tantas experiências negá-lo em um momento tão decisivo?”.

É meu caro leitor e irmão, embora nossos corações tendam a se inquietar diante de relatos como esse, devo- lhe dizer que, você e eu, temos muito mais coisas em comum com o “Pedrão” do que imaginamos.

Sei que inúmeras são as lições que podemos extrair desse texto, contudo, o que arde hoje em meu coração e, por isso, quero discorrer sobre, é o OLHAR DE JESUS. Eu não sei quanto a você, mas o dia em que me encontrei com esse olhar inexplicável, a minha vida se transformou. Lembro-me como hoje, era uma noite fria de sábado e eu uma jovem de 16 anos, medrosa, desiludida com a vida, repleta de um vazio e dores internas tão profundas que remédio nenhum parecia curar. Atendi a um convite e no meio da multidão “o olhar de Jesus” me encontrou, assim como Davi, na improbabilidade da minha humanidade, Ele me viu, Ele me amou, Ele me curou com um olhar, apenas um olhar. Aqueles olhos surgiram como um espelho da minha alma e ali eu entendi o quão vazia eu estava, contudo, esse  mesmo olhar me deu condições de compreender o quão cheia e transbordante Ele queria fazer-me nele!

No texto de Lucas vemos a mesma cena. Jesus fora preso, os discípulos estavam entrementes, lá, bem no meio do alvoroço daquele julgamento, no meio do tumulto, no pátio, uma cena impressionante, intrigante, sublime e maravilhosa se desponta: dois olhares que se cruzaram, tal o de um “encarcerado” (que estava internamente livre) com um “livre” (que estava internamente encarcerado). Um que estava vivo prestes a morrer e outro que estava morto (espiritualmente) e prestes a ganhar vida em abundância, pela Graça Redentora. Oh! Que maravilha!

Momentos antes, Pedro, negando Jesus, por três vezes, havia gritado, com toda a sua força: “Não O conheço; não conheço tal Homem!”, mas Jesus respondeu, com o Seu silencioso olhar: “Pedro, eu te conheço e te compreendo, conheço as suas fraquezas e limitações e te perdoo”. Um falando muito, nada disse; outro falando nada, numa linguagem silenciosa e poética, disse tudo.

Diante disso, a minha pergunta para você é: O que o olhar de Jesus tem lhe dito? O que esse olhar tem revelado sobre você?

Ao lermos o texto de Lucas, observaremos que o olhar do Senhor foi seguido pelo “virar do Senhor”, dito de outra forma: Jesus “se virou e olhou para Pedro”. Oh! Que maravilha! O Cristo se voltou para o homem caído, angustiado, aflito e o alcançou, restabelecendo a sua alegria, restaurando a sua paz. Esse olhar, para mim, é um dos maiores sermões existente na Bíblia. Penso que, um filme passou pela cabeça de Pedro – seu chamado, as experiências ao lado de Jesus, a última ceia. Jesus olhou e Pedro se recordou da profecia.

O que Pedro fez após isso? O texto relata que “saindo Pedro para fora, chorou amargamente”. Certamente, quem vivencia esse encontro com o Senhor, tende a “sair para fora”. O discípulo contrito e convencido de sua pequenez sai de seu modo antigo de viver, numa conversão sincera e “chora”, porquanto, o olhar de Jesus comove as entranhas do ser humano, fazendo retomar o rumo da vida até então vivida.

Sabe de uma coisa? Jesus continua nos convidando hoje a cruzar nossos olhos no Dele e contemplarmos o valor que a cruz põe sobre nós. O Cristo continua chamando todos os cansados ao alívio. Ele continua dizendo aos que pensam ser algo: Ei, deixa os meus olhos revelarem quem você é de fato! Esses olhos continuam transmitindo graça, perdão, cura e possibilidade de um recomeço.
Decida hoje permitir que os olhos do Mestre transformem a tua vida, assim como aconteceu com Pedro, comigo e com milhares de homens e mulheres no decorrer da história.


Um abraço e até a próxima!