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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O desejo pelo Poder...

Poder... Uma palavra tão presente em nossos dias, algo tão almejado pelos homens. É fato, o ser humano em meio aos seus sonhos megalomaníacos é viciado em poder. Exercer domínio sobre outras pessoas parece muito sedutor e por causa da sensação de domínio e poder o ser humano passa por cima do que for preciso, quebra princípios, mente, humilha, manipula, oprime, usa.

Deus é realmente perfeito e na Bíblia não nos deixa nada oculto. Nela também temos vários exemplos de homens e mulheres que foram além do que lhes era permitido e tudo isso para adquirir poder. Adão e Eva, por exemplo, foram iludidos pela serpente e comeram do fruto que lhes tinha sido proibido, e tudo isso porque desejavam ser iguais a Deus (Gênesis3). Davi tomou para si a mulher de Urias e o matou isso tudo porque por um instante pensou que a monarquia lhe daria esse direito (2 Samuel 11). No novo testamento, temos Simão, o mago que ofereceu dinheiro aos discípulos para que lhe dessem o poder do Espírito Santo e dessa forma pudesse continuar a impressionar e enganar o povo (Atos 8:9-24). Poderíamos falar de Judas, que por 30 moedas traiu nosso Senhor Jesus. Nisso percebemos que os que buscam o poder, que buscam as coisas desse mundo abrem mão de pessoas, princípios e valores inegociáveis por simples migalhas que lhes são oferecidas, mas que aos seus olhos surgem com aparência de banquete, afinal, o que são 30 moedas de prata comparadas ao privilégio de estar com o Senhor, andar com o Senhor?

Na realidade, a busca desesperada e inconseqüente pelo poder parece cegar o homem. A sociedade nos mostra diariamente relatos de alguns que se tornaram verdadeiros monstros egoístas ao serem absorvidos pela fama e pelo dinheiro. Alguns se esquecem do significado da palavra humanidade quando possuem uma condição financeira melhor do que maior parte dos que o cercam.

O mais triste é constatar que essa busca desenfreada pelo poder não acontece somente no mundo, ao contrário, está muito viva dentro de nossas igrejas, infelizmente. Alguns pensam erroneamente que por estarem envolvidos nesse ou naquele ministério se tornam superiores aos outros. O status e projeção resultantes de um ministério podem contribuir para que se perca a visão de um verdadeiro chamado e serviço. Não são raras as vezes que se pode contemplar liderados subjugados pelas decisões e imposições de suas lideranças.

Nesse sentido, é bom que lembremos que o Senhor nos chamou para sermos filhos de Deus  (João 1;12); ovelhas do Pastor amado (João 10:14); membros do corpo onde Cristo Jesus é o cabeça (Efésios 4:15,16); servos que imitam seu Senhor (João 13:15-17); aqueles que levam as boas novas do reino de Deus a toda criatura (Marcos 16:15; Mateus 28:19,20); aqueles que servem e amam (Gálatas 5:13,14).

É verdade que não podemos generalizar, ainda existem líderes, homens e mulheres que são servos fieis e verdadeiros do Senhor, mas ainda assim, o Senhor Jesus é o nosso maior exemplo ministerial. As pessoas não eram manipuladas para se achegarem a Jesus, pelo contrário, eram livres para se aproximarem dele. Através dele se manifestava verdadeiramente o poder de Deus!

O amor e a simplicidade de Jesus e do seu ministério nos constrangem e nos desafiam. Perto dele todos os nossos aparatos religiosos se tornam vazios, sem razão. Sobre Jesus Isaías disse no cap. 42: 1- 4 ” Eis meu servo a quem sustenho, o meu escolhido em quem tenho prazer. Porei nele meu Espírito, e ele trará justiça as nações. Não gritará, nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça”.

Jesus definitivamente não foi uma figura sensacionalista como outros líderes e governantes na história mundial. Não usou de uma autoridade exacerbada que oprime como os grandes ditadores. Ele não manipulava as pessoas, não manipulava a ingenuidade e fé das pessoas, não usou de artifícios estrondosos para atrair as multidões. No entanto, ele foi e continua sendo a pessoa mais influente e fascinante que já pisou sobre a terra. Diante das artimanhas do diabo que lhe ofereceu uma fama passageira caso concordasse em pular do alto do templo e ser guardado pelos anjos, ele não cedeu.

Jesus também não fez negocio com os poderosos de sua época. Não foi político e nem se envolveu com a corrupção e deslealdade que imperavam em Israel naqueles dias. Não quis ser um rei político como o povo desejava. Diante da possibilidade de receber a glória dos homens ele não se impressionou e não se exaltou, mas como diz Filipenses 2: 6- 8 “embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz!”
O Senhor Jesus respeitou a medida de fé que cada um era capaz de ter e não se impôs diante da fragilidade dos que dele se aproximavam. Preferiu dar dignidade as pessoas a sua volta do que seguir as leis dos homens. Ofereceu sua maravilhosa graça aos desprezados e marginalizados, tocou e curou os que ninguém tocaria, se importou com aqueles que a sociedade julgava não ter valor algum, mas também alcançou os abastados e bem posicionados naquela época.

Diante de uma sociedade dividida por classes, facções, onde quanto mais se tem mais valor possui, nosso mestre nos convida a fazer parte de um reino onde nos relacionamos igualmente com Deus como nosso Pai. Sem elites. Sem filhos prediletos. Sem a culpa que assombra os que não têm uma identidade. Podemos todos nos achegar a Ele pelo novo e vivo caminho. Sem subjugarmos, mas amando e servindo uns aos outros. Ele nos chamou, não para mais um clube social ou instituição humana, mas pra fazer parte do seu corpo, sua igreja, sua noiva. Ele se deu por nós “sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5: 8), e pela cruz, colocou a todos nós os que cremos nele, no mesmo patamar: somos chamados filhos de Deus.

E quanto ao poder que Ele nos deu, esse é diferenciado, porque faz o oposto do outro anteriormente relatado. O poder que Jesus nos concede é sobre os espírito imundos, para os expulsar e para curar toda a enfermidade e todo o mal (Mateus 10:1). O poder de Jesus em nós liberta-nos ao ponto de libertarmos outras vidas do julgo do diabo.

Portanto, querido irmão, busque o poder que vem do alto. Busque o poder do espírito e não se vislumbre com o que Deus pode fazer através da sua vida, afinal, tudo é feito para a glória Dele, mesmo! Sem demagogias ou hipocrisias, é tudo por ele e para ele sempre!

Até a próxima

7 comentários:

  1. Quando estas faíscas de clamor começarem a incendiar o coração da Igreja Brasileira, os artistas do púlpito, os apóstolos vaidosos e os ministros amantes de sim mesmos serão desprezados pelas almas, que irão se sentir enganadas por tanto tempo pelo falso evangelho.

    Sempre exponha o que arde no teu coração, Vanessa, como disse Finney: "Se lance àquilo que o teu coração te impelir"!

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  2. Excelente texto!!! amada, ja estou seguindo e quando tiver um tempinho passa lá no meu http://mapadasalvacao.blogspot.com/
    fica na Paz!!

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  3. É por tudo isso que vemos o exemplo de vida, diante de humildade e mansidão, tanto PODER E AUTORIDADE. Jesus, o maior exemplo!! ótima Lição
    DEUS ABENÇOE A TODOS.

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  4. Obrigada pelo convite para seu blog, fico muito feliz em estar aqui e espero que vc tbm faça uma visitinha ao meu blog!
    Que Deus te abençoei a cada dia mais!

    http://amoratisenhor.blogspot.com/

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  5. Paz amada.
    Parabens pelo trabalho no blog.
    Vou seguir seu blog.

    Fica na paz do senhor

    visite http://alexandrejorgeitp.blogspot.com

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  6. Gostei muito de sua postagem...uma benção! A sêde de poder sempre foi um problema para o homem. Que Deus abençoe muito sua vida.

    http://prdanielcorrea.blogspot.com/

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  7. Ótimo post! O desejo pela supremacia é o início da soberba. Devemos buscar o verdadeiro poder que nos livra de pecar contra Deus. Que Deus seja louvado em sua vida, irmãzinha. Grande abraço!

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